o sentido da vida
"A principal tarefa de um homem na vida consiste em dar à luz a si mesmo, a se tornar aquilo que potencialmente ele é". Erich Fromm
Todos nós buscamos a felicidade, a paz e um sentido para a vida. Quando nos falta uma razão de viver, nada mais faz sentido.
Quem não sabe exatamente aonde quer chegar, transpõe qualquer porta que se abrir. Quem não sabe o destino que quer alcançar, qualquer caminho serve.
Quem não conhece bem o que está próximo, tende a estender sua busca para muito longe.
A busca da felicidade, do sentido da vida, no entanto, não é exclusividade nossa. Na Antiguidade, os amantes da Filosofia, os grandes gênios, os filósofos já buscavam o que hoje nós buscamos também: o sentido da vida.
Diziam eles que, para descobrir o sentido da vida, é preciso alcançar algo anterior - a base da vida. E o que é a base da vida?
Os filósofos pré-socráticos conceituaram de diferentes formas a base da vida. Esses princípios tinham como fundamentação os quatro elementos básicos da natureza: a água, o ar, a terra e o fogo. O importante é entendermos que, em determinada fase da Humanidade, cada um desses elementos foi à base de tudo.
Sócrates, como um dos homens mais inteligentes que o mundo conheceu, tornou-se um divisor de águas. A crença geral, na época, era que a luz estava com os Deuses, no Olimpo, e as trevas entre os homens, na Terra. Sócrates veio e disse: "A luz não está mais com os deuses, a luz está dentro de você".
Com essa afirmação, ele mudou a história da raça humana e por isso foi condenado à morte, sob tríplice acusação: de agitador político, porque pregava essas idéias; de corruptor de jovens, porque as pregava para os adolescentes (Platão, entre eles); e, sobretudo, de não crer nos deuses, acusação que finalmente o levou à morte.
Sócrates ensinava que "a causa das misérias humanas é a ignorância". Por isso, o filósofo é aquele que ama a sabedoria e, amando-a, distancia-se da ignorância. Logo, é preciso tirar o véu e fazer brilhar a nossa luz. Mas só conseguimos isso através do autoconhecimento. O conhecer-se a si próprio, é fundamental para a compreensão da vida.
Sócrates completava: "A primeira coisa que você vai sentir ao brilhar a sua luz, é dor, é incomodo". Despojarmo-nos da nossa ignorância, de velhos hábitos, do nosso orgulho, do nosso egoísmo, nos causa grande incomodo. Mudar dói, mas não há alegria maior do que vencer a si.
Vencer a si mesmo é vencer suas misérias, seus complexos, seus desequilíbrios.
E Sócrates, dizia também: "a primeira coisa que você vai experimentar, ao brilhar a sua luz, é uma alegria que você jamais experimentou".
Já Aristóteles, baseou a sua busca para encontrar o sentido da vida, em duas coisas: ato e potência. Ato para Aristóteles era o mundo da perfeição e potência o mundo da transitoriedade. Por exemplo: você poderá ser aquilo que quiser. Você tem tudo para dar certo, mas tudo poderá dar errado em sua vida. Você tem a potência da luz, mas poderá viver uma vida toda nas trevas. Você tem a potência da inteligência, mas poderá viver uma vida toda calcada na ignorância. Porque para ser vitorioso, você precisa de três coisas: hábito, exercício e disciplina. Você precisa habituar-se a aquilo que quer; exercitar o que você quer, hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje, sempre com muita disciplina.
Jesus nas suas pregações dizia: Vós sois Deuses e podeis fazer muito mais do que eu faço se vós quiserdes.
E qual é a diferença entre nós, Sócrates, Platão, Aristóteles e outros grandes gênios da humanidade? Nenhuma.
Todos têm, exatamente, a mesma luz que eles tiveram. É só cada um remover o véu e fazer a sua parte para que sua luz possa brilhar e tornar-se assim uma pessoa mais feliz, mais alegre, mais otimista e mais confiante.
Para muitos historiadores, a história do mundo é a história da Humanidade, quando na realidade é a história dos grandes homens e mulheres que mudaram a História.
Elisa Lucati
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