Após 40 anos, polícia revisa o caso da morte do rolling stone Brian Jones
RIO - A polícia está revisando o caso da morte do rolling stone Brian Jones - 40 anos depois que seu corpo foi encontrado em uma piscina.
A reabertura do caso pela polícia de Sussex aconteceu depois que o jornal britânico "The Mail on Sunday" revelou evidências sobre a morte do roqueiro que sugeriam que ele havia sido assassinado.
Oficialmente, Jones se afogou, aos 27 anos, em sua piscina em Cotchford Farm, Região Leste de Sussex, no dia 2 de julho de 1969, sob a influência de bebida e drogas.
O inquérito policial da época concluiu que a morte havia sido acidental, apesar do laudo da necropsia não apontar traços de drogas ilegais no corpo do astro, apenas o equivalente a três canecas e meia de cerveja.
Mas agora, um oficial examinador do Departamento de Investigação Criminal da polícia de Sussex foi designado para passar um pente fino nos 600 documentos levantados pelo jornalista investigativo Scott Jones, que passou quatro anos investigando a morte do guitarrista.
As novas provas foram compiladas por Jones - que não tem nenhuma relação com o músico morto - e reveladas pelo jornal em novembro do ano passado.
A revisão do caso foi autorizada depois de uma reunião de três horas e meia entre o jornalista e veteranos da polícia de Sussex no mês passado, quando discutiram as declarações das testemunhas que estavam na casa na noite em que Jones morreu.
Detetives estão estudando arquivos nunca divulgados antes e podem reabrir as investigações caso acreditem que as novas evidências sejam suficientes.
Isso marca uma reviravolta na polícia de Sussex Police, que até agora rejeitava os pedidos de reabertura do caso.
Scott Jones disse ao "The Mail on Sunday" na noite de sábado:
- Não há prazo final para se revisar o caso. Mas depois de 40 anos de mistério, qualquer um que tenha consideração pela reputação de Brian vai ficar feliz com o resultado.
Em novembro do ano passado, o jornal revelou novas informações da enfermeira Janet Lawson, que encontrou o corpo do guitarrista. Ela disse ter visto o inspetor de obras Frank Thorogood pular na piscina e "fazer alguma coisa com Brian". Ela estava convencida de que ele havia matado Jones.
Thorogood morreu em 1994. As alegações da enfermeira são corroboradas por Albert Evans, o primeiro policial a chegar ao local, que falou com todas as testemunhas nas horas que se seguiram à morte de Jones e concluiu que ele havia morrido como resultado de uma briga com Thorogood.
Novas evidências também surgiram sobre a investigação original liderada pelo detetive Bob Marshall, que mostram que três testemunhas não identificadas tiveram permissão para deixar o local sem serem interrogadas.
Por fim, os arquivos da polícia revelam como a taxista Joan Fitzsimons, uma ex-namorada de Thorogood, foi atacada e abandonada, dada como morta, três semanas depois da morte de Brian Jones. De acordo com os relatórios oficiais, Ms Fitzsimons estaria planejando contar à mídia o que sabia sobre a morte de Jones.
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