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sábado, 17 de outubro de 2009

ROMAN POLANSKI DEIXA A PRISÃO POR TRATAMENTO MÉDICO.

GENEBRA (Reuters) - O diretor de cinema Roman Polanski, detido na Suíça há três semanas para ser extraditado aos Estados Unidos por causa de uma condenação sexual, foi retirado da prisão para se submeter a tratamento médico, disse seu advogado francês neste sábado. "Tudo o que eu sei é que ele foi tirado da prisão para receber cuidados médicos. Não sei onde ele está nem quando ele vai voltar para a prisão", disse o advogado Hervé Temime à Reuters. Ele disse que não tinha mais detalhes.

AP

O diretor Roman Polanski
















Temime disse na semana passada, depois de visitar Polanski em uma cela em Zurique, que o cineasta estava deprimido e cansado e que se mostrou preocupado com a saúde.

Polanski, de 76 anos, foi preso ao chegar à Suíça em 26 de setembro para receber um prêmio em um festival de cinema em homenagem a sua obra. A prisão foi por causa de um crime cometido nos EUA há mais de 30 anos, quando Polanski foi condenado por fazer sexo com uma menor de idade.

Polanski, que tem cidadania francesa e polonesa, se declarou culpado de fazer sexo com uma menina de 13 anos em 1977 e passou 42 dias na prisão, onde foi submetido a testes psiquiátricos. No entanto, ele fugiu dos EUA antes de o caso ser concluído porque achou que um juiz iria sentenciá-lo a até 50 anos atrás das grades.

O cineasta, que ganhou o Oscar de melhor direção em 2002 pelo filme "O Pianista", que fala sobre o Holocausto, também foi acusado de dar drogas e álcool à garota.

Folco Galli, porta-voz da Agência Federal de Justiça da Suíça, não quis comentar se o cineasta foi transferido para um hospital nem falou sobre o estado de saúde dele.

"Ele ainda está preso. Se for necessário, ele terá todo o cuidado médico. Pode ser na prisão ou no hospital", disse à Reuters.

As autoridades norte-americanas têm até 60 dias para fazer um pedido de extradição de Polanski. Fontes jurídicas dos EUA disseram que o complexo processo de extradição pode levar anos se Polanski entrar com uma apelação.

(Reportagem de Jonathan Lynn)

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