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Governo vai cobrar 22,5% de IR das poupança, confirma Mantega
BRASILIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta terça-feira a alíquota do Imposto de Renda (IR) de poupanças com valores acima de R$ 50 mil em 22,5%. O anúncio foi feito após a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico (CDES), que aconteceu nesta manhã, no Palácio do Itamaraty.
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Segundo Mantega, a proposta que foi apresentada em maio ainda não havia sido enviada ao Congresso Nacional porque a cobrança valerá a partir do ano que vem.
"A questão da poupança foi discutida há algum tempo. Aquilo que eu anunciei será aplicado. Mantivemos nossa proposta de fazer taxação de imposto de renda em grandes aplicações em poupança. Não tivemos pressa porque só entra em vigor ano que vem", afirmou.
O ministro confirmou o que foi dito pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que esclareceu algumas dúvidas sobre a taxação da poupança que será enviada ao Congresso nos próximos dias.
Segundo ele, a cobrança será feita em cima do rendimento de depósitos superiores a R$ 50 mil e não do saldo total.
A taxação valerá apenas para a diferença entre os depósitos acima de R$ 50 mil. "A esmagadora maioria tem menos de R$ 50 mil aplicado. Só a diferença acima desse valor será taxada", explicou Mantega.
Segundo ele, o mercado ficou "bastante estável". "Quem queria aplicar em fundo de investimento aplicou, e quem queria manter a aplicação na poupança manteve. Não houve deslocamento", disse.
Contas antigas
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda afirmou que o projeto sobre tributação das aplicações em caderneta de poupança valerá tanto para as contas novas quanto para as antigas.
Ele explicou que os rendimentos relativos ao total de R$ 50 mil aplicados em caderneta de poupança serão isentos de tributação. Porém, os rendimentos relativos ao que exceder os R$ 50 mil depositados serão tributados.
O secretário usou o exemplo de uma caderneta com depósito total de R$ 60 mil reais, cujo rendimento seria da ordem de R$ 300, sendo R$ 250 relativos ao montante de R$ 50 mil - portanto, isentos de tributação - e R$ 50 relativos aos R$ 10 mil excedentes - rendimento que será tributado.
(Com informações da Agência Estado)
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