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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CONTO DO VIGÁRIO ?


São várias as versões da origem do termo

"cair no conto do vigário". O que todas guardam

em comum é que tem como tema

principal um golpe de esperteza e um

vigário. Uma das histórias mais conhecidas,

e defendida pela pesquisadora Denise Lotufo,

teria como palco uma disputa entre dois

vigários em Ouro Preto, ainda no século XVIII.

De acordo com Denise, tudo começou com a

disputa entre os vigários das paróquias de Pilar

e da Conceição pela mesma imagem de Nossa Senhora.

Um dos vigários teria proposto que amarrassem

a santa num burro que estava solto na rua.

Pelo plano, o animal seria solto entre as duas

igrejas. A paróquia que o burro tomasse a

direção ficaria com a imagem.

O animal foi para a igreja de Pilar, que acabou

ganhando a disputa. Mais tarde teria sido

descoberto que, o burro era do vigário

dessa igreja. Segundo a pesquisadora,

essa é uma das possíveis origens

da palavra vigarista.

O livro Os Vigários Mineiros no

Século XIII, de Lourdes Aurora

Campos de Carvalho, e Ditos e

Provérbios do Brasil, do já falecido

Luís da Câmara Cascudo, também

apresentam uma versão semelhante.

Além-mar

Mas Portugal também tem sua explicação

para a origem do termo. Segundo a série

literária Contos e Lendas de Portugal,

da pesquisadora Natércia Rocha, um

golpe aplicado no século XIX foi o

responsável pela má fama dos vigários.

Alguns malandros chegavam a cidades

desconhecidas e se apresentavam como

emissários do vigário. O grupo afirmava

que tinham uma grande quantia de

dinheiro numa mala que estava bem

pesada e que precisaria guardá-la

para continuar viajando.

Mas, como garantia, solicitavam aos

moradores da cidade uma quantia de

dinheiro para viajarem tranqüilos.

E assim desapareciam.

Quando a população abria a maleta

descobria um monte de bugigangas

sem valor.

E assim, a fama do vigária era manchada.

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