| Nicanor Coelho, de Dourados |
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Integrantes do Grupo dos Excluídos de Dourados ignoraram a ordem da juíza Dileta Terezinha Souza Thomaz e desfilaram com cartazes criticando os suspeitos de envolvimento na quadrilha de fraudadores investigados pela operação Owari. A decisão da juíza foi provocada pelo suplente do senador Valter Pereira, o médico Eduardo Marcondes.
A juíza, então, decidiu estender a todos a proibição. “(...) não se pode citar nomes, ainda mais em manifestos perante a sociedade, eis que até o momento só há indiciados, estandos os autos em fase da denúncia”, escreveu a magistrada.
Os manifestantes capricharam nas críticas. Levaram à avenida Marcelino Pires cartazes com as fotos de três vereadores suspeitos de envolvimento na quadrilha: o presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM), Paulo Henrique Bambu (DEM) e Júnior Teixeira (PDT). Mas havia cartazes também retratando o vice-prefeito Carlinhos Cantor (PR) e o prefeito Ari Artuzi (PDT).
No cartaz com críticas ao prefeito se lia: ‘Owariartuzi não sabia de nada’. Entre os manifestantes estavam estudantes, sindicalistas, membros de movimentos sociais diversos e até um grupo de anarquistas.
O desfile começou às 8h e terminou por volta das 10h20. Em seguida entraram os manifestantes. O prefeito Ari Artuzi assistiu a tudo do palanque, ao lado do deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e de alguns vereadores, inclusive retratados nos cartazes. Milhares de pessoas foram à avenida.
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