DOURADOS – Mesmo sob o sol e forte calor, o desfile de "7 de Setembro", atraiu uma média de 25 mil pessoas na Avenida Marcelino Pires, em Dourados. O prefeito Ari Artuzi (PDT), acompanhado das autoridades civis e militares, fez questão de assistir o desfile do começo ao fim do palanque oficial. Ele ficou, inclusive, para assistir a tradicional manifestação do Grito dos Excluídos. "Para o prefeito todo o tipo de manifestação é válida, não tem porque fugir, o povo tem o direito de se manifestar. Para ele é um ato de civismo", disse a secretária municipal de Educação, Marlene Vasconcelos. O desfile começou às 8h e terminou por volta das 11h, com quase uma hora de antecedência, já que a organização conseguiu agilizar as apresentações das entidades em função do calor e sol forte. A principal preocupação foi com os casos gripe. Algumas pessoas chegaram a desmaiar, mas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. A Guarda Municipal e Polícia Militar fizeram a segurança durante o desfile. Pelo menos 45 entidades passaram pela Avenida Marcelino Pires, como escolas das redes Municipal e Estadual, órgãos de segurança como, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, além do Exército Brasileiro, entidades filantrópicas e membros da Cidade Educadora. O desfile foi aberto por militares da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e terminou com o Grito dos Excluídos, que tradicionalmente encerra o evento. Além da manifestação contra políticos corruptos, o Grito também se manifestou contra a impunidade com relação à violência, de crimes que ainda não foram solucionados. A Semana da Pátria, que este ano trouxe o tema: "Amor à Pátria, ontem, hoje e sempre" foi encerrada com a extinção da ‘Chama da Pátria’, às 17h, na Praça Antonio João. A banda da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, que se apresentou durante todo a Semana, fez a última apresentação das comemorações da Independência do Brasil em Dourados.
Envolvidos na Owari são alvos de protesto |
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| DOURADOS – Políticos envolvidos na Operação Owari, da Polícia Federal, foram os principais alvos dos manifestantes no desfile de 7 de setembro. O Grito dos Excluídos foi a última apresentação na Avenida Marcelino Pires, tomada de pessoas que acompanharam até o final do desfile e aplaudiram o manifesto. Com faixas e cartazes eles pediam respeito da classe política e liberdade de expressão. Quase cem pessoas ligadas a entidades pertencentes ao Comitê de Defesa Popular desfilaram na avenida. A participação foi bem superior do que em agosto, durante manifesto na Praça Antônio João, quando lonas pretas foram estendidas nos tapumes que cercam a praça. Um dia antes do desfile, a juíza Dileta Terezinha Thomaz proibiu a veiculação dos nomes dos envolvidos na Operação Owari durante o desfile de 7 de setembro. A medida foi tomada depois que um ex-vereador ingressou na justiça com pedido cautelar de proibição da veiculação de seu nome. Na decisão, a juíza Dileta Thomaz afirma que "não se pode citar nomes, ainda mais em manifestos perante a sociedade, e que até o momento só há indiciados, estando os autos em fase da denúncia". A justiça chegou a intimar alguns dos manifestantes, entretanto o Comitê de Defesa Popular não recebeu nenhuma intimação, diz o presidente da entidade, Ronaldo Ferreira. "Não entendo o porquê a juíza tomou essa decisão. O assunto é sabido por todos, além disso vivemos num país democrático. Temos o direito de manifestar", diz o presidente que considerou o ato como positivo. Contrário à decisão da juíza, eles pediram basta à corrupção e com cartazes da foto dos envolvidos percorreram a avenida. "Fizemos a nossa parte. Cabe agora à população interpretar o manifesto e pensar sobre muito bem antes de eleger os representantes", finaliza Ronaldo Ferreira.
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