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sexta-feira, 17 de julho de 2009

ATAQUE DE ESCORPIÕES EM SALVADOR - BAHIA

Reprodução/TV Globo

SÃO PAULO - O bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, concentra o maior índice de acidentes no mundo com escorpiões. Segundo uma pesquisa, de cada 100 moradores do local, seis já foram picados. A grande quantidade de escorpiões no local foi tema de uma pesquisa feita por biólogos.

No bairro praticamente não há sapo, macaco e aves, inimigos naturais do escorpião. Além disso, as ruas são tomadas por lixo e entulho, ambiente propício para a proliferação do escorpião.

" As crianças e os idosos são os que têm o maior risco de desenvolver um acidente grave e principalmente o óbito "

- As crianças e os idosos são os que têm o maior risco de desenvolver um acidente grave e principalmente o óbito com a picada - diz a bióloga Rejane Lira.

Durante dois anos, os pesquisadores coletaram escorpiões, conversaram com os moradores, ouviram histórias como a da aposentada Joana Braga. Ela foi picada no banheiro.

- Na hora não doeu. Depois de três minutos começou a doer, a perna começou a inchar. Fui para o hospital, me deram medicamentos e eu melhorei.

O comerciante Manoel Bernardo dos Santos diz que já cansou de matar escorpiões dentro de casa.

- Aqui a gente vê escorpião como se vê barata. Antes de calçar o sapato tem que ver se não tem escorpião dentro.

A sorte é que a espécie mais encontrada no Nordeste de Amaralina é uma de cor amarelada, de veneno mais fraco. A espécie mais perigosa - cuja fêmea se reproduz sem acasalamento, não existe macho - tem a pela mais escura.

- A picada (da espécie mais amarelada) é muito rápida e nem sempre ele injeta uma grande quantidade de veneno - conta a bióloga Rejane Lira.

De acordo com Rejane, a espécie mais perigosa do escorpião no Brasil tem aparecido com frequência nas áreas onde as matas urbanas são substituídas por empreendimentos imobiliários.

No ano passado, 37 mil brasileiros foram picados por escorpiões; 67 deles morreram. O índice é cinco vezes maior que o registrado no começo da década. O Ministério da Saúde admite que o problema é grave e anunciou um reforço no trabalho de vigilância.

Os escorpiões são mais velhos que os dinossauros e já existem há 350 milhões de anos. Várias espécies já se extinguiram, mas, das que ficaram, 25 são consideradas perigosas.

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