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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Como Proteger o Cérebro Super-Estressado? Dr. Sérgio Vaisman

Não existem dúvidas quanto ao fato de vivermos num mundo sobrecarregado de tensões que aumentam o estresse.
Um recente estudo demonstrou que 75% das pessoas pesquisadas sofrem de algum tipo de estresse severo pelo menos uma vez por semana. Nós, como a maioria das pessoas, sofremos nossas experiências estressantes semanalmente, senão até diariamente.
Estresse de qualquer natureza afeta diretamente o cérebro. Pode causar lesões em suas células e as levarem à morte! Estudos mostram que o estresse de qualquer forma aumenta dramaticamente a produção de radicais livres que danificam varias áreas cerebrais, especialmente uma estrutura denominada HIPOCAMPO. Com o passar do tempo, esses danos podem produzir sérias consequências tais como problemas de aprendizado, memória, concentração, força muscular e pode passar a ser ponto originário de doenças mais graves tais como Alzheimer e Parkinson.
Recentes pesquisas revelaram que estresse agudo é capaz de ativar enzimas antioxidantes protetoras do cérebro, mas estresse do tipo crônico pode impedir que essa proteção ocorra levando a maior vulnerabilidade do órgão e lesões irreversíveis.
Como vivemos num mundo cada vez mais composto de condições estressantes, vários estudos foram feitos a respeito e concluíram que o uso preventivo de antioxidantes podem proteger melhor o cérebro das condições a que ele se submete, além do fato de estarmos vivendo num mundo cada vez mais tóxico, expostos a substâncias químicas também agressivas ao cérebro.

Nossa dieta alimentar deveria ser a principal fonte de proteção antioxidante do nosso organismo mas, infelizmente, devido ao processamento dos alimentos nas indústrias, cada vez menos nutrientes nos são fornecidos pela alimentação, fazendo com que falte matéria-prima adequada para nos defendermos. Além dos nutrientes fundamentais, exercícios físicos também tem seu importante papel na proteção cerebral pois estimulam a produção de antioxidantes dentro das células além de ENDORFINA, que melhora o humor e reduz chances de aparecimento de depressão.
Como tudo na Natureza deve ser dosado, o excesso de atividade física, principalmente extenuante, aumenta a produção dos radicais livres, propiciando mais danos ao cérebro.
Para completar, um estudo da Universidade do Mississipi comprovou que os afro-americanos mais engajados na religião costumam ter menos possibilidades de sofrerem dessas doenças degenerativas cerebrais o que reforça a conclusão que a fé é uma poderosa arma na manutenção do equilíbrio e da saúde em geral pois a crença religiosa remove uma importante carga de estresse.
Temos que fazer nossa parte. Se nos preocuparmos com o aprimoramento da saúde utilizando medidas que estabeleçam estilo de vida satisfatório, teremos menos problemas a nos lamentar no futuro.
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