Toda varanda combina com vasos de plantas, porém é preciso ter cuidados para não exagerar na dose, preservando a área de circulação. A escolha das espécies e o modo como são expostas também contam. Veja algumas dicas a seguir
Yara Guerchenzon
Além do frescor e da gostosa sensação de se estar um pouquinho mais perto da natureza, ter uma composição de plantas na varanda pode ter inúmeras outras funções. Entre elas, criar uma “cortina verde” para preservar a intimidade, caso a janela do vizinho fique colada na sua varanda ou você more no primeiro andar, ficando à vista de quem passa na rua.
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“Quando se quer privacidade, o ideal é abusar de plantas com altura e volume, fazendo o que chamamos de barreira verde”, explica a paisagista Maricy Pissinatti, que nestes casos sugere o uso de floreiras colocadas rentes ao guarda-corpo. Outra paisagista, Camila Cavallari, da Verde Vaso, indica plantas com bom fechamento das folhas, como murta, pleomelle, formio e viburno.
Mas existe a situação contrária, em que a varanda oferece ao morador uma linda paisagem e que, portanto, não deve ser prejudicada pelo uso de plantas em excesso ou de tamanho desproporcional. “Aqui ocorre o inverso, assim deve-se evitar as espécies altas e volumosas, para que não interfiram na visibilidade”, orienta Maricy. Camila indica ainda o uso de vasos com desenhos limpos e plantas com formatos esculturais, como as suculentas e cactáceas.
E se você não tem ideia de como dispor os vasos, parta do princípio de que é preciso manter uma área livre para a circulação. Ou seja, para não errar, coloque os vasos nos cantos, nas laterais ou rente às paredes. “Vasos dispostos no perímetro do espaço abrem a circulação. Já os cantos são ótimos para posicionar peças maiores, com plantas de porte alto”, ensina Camila.
Para Maricy, é importante que seja definido o mobiliário do terraço (mesa, cadeiras, bancos, aparadores e espreguiçadeiras) antes da colocação dos vasos. “Depois, parte-se para a colocação dos vasos, que em geral ficam nos cantos, paredes e espaços não utilizados para a passagem”, diz a paisagista.
Acerte na composição
E para que o resultado tenha um visual harmônico, a dica é trabalhar com regras de volumetria, utilizando vasos altos, médios e baixos, em conjuntos. “Escolher um modelo único de vaso e variar apenas o tamanho dá um aspecto organizado, principalmente se a varanda for pequena”, orienta Maricy. A regra da trindade também é recomendada por Camila, que sugere a raphis como a maior, um pacová como a média e uma bacia de bromélias como a baixa.
No caso de áreas pequenas, uma solução é investir em um jardim vertical, que pode cobrir toda uma parede ou apenas parte dela. Isso pode ser feito de maneira simples, prendendo vasos de cerâmica do tipo “meia-lua” na parede; ou mais elaborada, com molduras e nichos para as plantas. “Os painéis vivos são ótimas opções para tirar o verde do chão e rechear a área. Assim pode-se verticalizar o jardim e ganhar espaço para o mobiliário”, argumenta Camila.
Por fim, varandas pedem plantas que resistam à exposição a vento, sol e chuva. “Espécies mais rústicas como a fênix, as azaléias, os fórmios e as clusias são bem indicadas. Apesar de que, atualmente, a maioria das varandas é fechada por vidros, tornando-se uma estufa e, portanto, uma área propícia para quase todas as plantas. Mas essa afirmação é válida quando se tem pelo menos 4 horas de sol diárias. E aí também podem ser incluídas espécies frutíferas e temperos”, diz Maricy.
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Consultoria:
Maricy Pissinatti - www.maricypissinatti.com.br
Camila Cavallari - www.verdevaso.com.br
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