SUA CONEXÃO

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mulher suspeita de esfaquear o marido se apresenta à Justiça no Rio

Mulher suspeita de esfaquear o marido se apresenta à Justiça no Rio


RIO DE JANEIRO – A publicitária Alessandra Ramalho D'Ávila Nunes suspeita de ter assassinado a facadas o marido, o engenheiro Renato Biasoto Mano Júnior, apresentou-se na tarde desta sexta-feira ao 3º Tribunal do Júri da capital. Acompanhada do advogado Mário de Oliveira Filho, ela tomou ciência da ação penal movida pelo Ministério Público e deverá apresentar a defesa prévia em dez dias.

Reprodução

A publicitária Alessandra Ramalho D´Ávila, de 35 anos

A juíza Roberta Barrouin revogou a ordem de prisão preventiva expedida contra Alessandra e, com a decisão, a ré irá responder ao processo em liberdade. A magistrada considerou em sua decisão que já não existem razões que motivem a ordem de prisão. Os passaportes da publicitária foram entregues e permanecerão anexados nos autos.

“Diante do comparecimento espontâneo da ré perante este juízo, dentro do prazo assinalado na decisão liminar proferida em sede de habeas-corpus, inclusive entregando seus passaportes, demonstra não ter o intuito de causar qualquer embaraço à instrução criminal ou se furtar à aplicação da Lei Penal”, afirmou a juíza.

O habeas-corpus de Alessandra foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último dia 30 de junho. Em sua decisão, a magistrada afirmou que não há indícios de que, em liberdade, a ré cause perigo à coletividade, colocando em risco a ordem pública. Ainda de acordo com a juíza, nos autos consta que a publicitária tem endereço certo e conhecido na cidade do Rio de Janeiro, onde reside com sua família.

Crime

Segundo a denúncia do Ministério Público, Alessandra, de 35 anos, teria matado Renato Biasotto Mano Júnior, de 52, no dia 13 de junho, no apartamento do casal, em um condomínio de luxo na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O engenheiro teria sido ferido a facadas no rosto e no peito ainda no imóvel. Ao sair para buscar socorro, a vítima teria morrido no hall do prédio.

A publicitária encontrava-se foragida desde a data do crime. A defesa de Alessandra diz que ela agiu em “legítima defesa” ao atacar o marido. Segundo o advogado Mário de Oliveira Filho, sua cliente protegia sua própria integridade física e também a de seu filho, de cinco anos.

De acordo com o advogado, a publicitária e o marido teriam discutido por volta das 3h30 e, depois disso, ela teria passado mal. Enquanto vomitava no banheiro, Biasotto deu uma gravata na mulher que a impedia de respirar. Os gritos da briga acabaram acordando o filho do casal, que pediu para o pai parar com a briga. Quando o engenheiro partiu para cima da criança, Alessandra pegou uma faca e golpeou o marido.

No dia do crime, horas antes, Biasotto e Alessandra, que estavam casados há seis anos, haviam recebido um casal de amigos, o empresário Eduardo Pedrosa e sua mulher, com quem comemoraram o dia dos namorados. “Saímos do apartamento às 4 horas, e tudo estava na mais perfeita harmonia”, disse Pedrosa, que ficou chocado com a morte do amigo.

Pedrosa relatou à polícia que a relação do casal era conturbada, já que Biasotto tinha um ciúme exacerbado da mulher. Ele teria exigido da mulher um exame de DNA quando se disse grávida dele, para que a paternidade do filho fosse comprovada.

*com informações da Agência Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário