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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reserva Indígena de Dourados registrou 79 assassinatos em apenas três anos

Um grupo de cerca de trezentos estudantes e professores indígenas das eis escolas da Reserva Indígena de Dourados denunciaram durante manifestação pela paz que somente nos últimos três anos foram registrados 79 assassinatos nas aldeias Jaguapiru e Bororo.

A passeata começou na Praça Antonio João no centro da cidade e percorreu um trecho de quase quatro quilômetros até a sede da FUNAI (Fundação Nacional dos Índios), onde os manifestantes entregaram um documento para a direção do órgão cobrando providencias para garantir a segurança na reserva onde moram quase quinze mil índios de três etnias.

O documento assinado pelas lideranças ndígenas e profissionais da educação afirma que “nossas crianças estão com medo, nossos jovens estão morrendo, a comunidade indígena está ameaçada vítima da violência. Chegamos ao numero assustador de 79 bárbaros assassinatos em menos de três anos, uma média de 2,5 mortes violentas por mês”.

Participaram da manifestação professores e alunos das Escolas Municipais Tengatui Marangatu, Araporã, Agustinho, Lacu´i Roque Isnard, Ramão Martins e Francisco Meireles. Também apoiaram o protesto os profissionais da área de saúde.

O professor Josias Aedo Marques, diretor da Escola Municipal Tengatui Marangatu afirmou que a “gota dágua” para a deflagração do movimento foi o assassinato do adolescente Junisio, aluno da escola que foi morto a facadas quando ia estudar. Josias disse que o aluno foi assassinado mas foi montado uma farsa para a morte parecer um suicídio já que colocaram uma corda no pescoço do rapaz.

Nicanor Coelho

“O sangue indígena derramado clama por justiça. Esse movimento e apenas o primeiro de muitos outros que virão até que nosso grito seja ouvido pelos órgãos responsáveis por nossa segurança”, afirma o documento entregue a FUNAI.

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