Polícia Civil desarticula quadrilha especializada em fraudar licitações
Vera Araújo
RIO - A polícia desarticulou nesta quarta-feira quadrilha especializada em fraudar licitações no estado. Vários documentos e computadores em imóveis e empresas dos envolvidos foram apreendidos. De acordo com o delegado Flávio Porto, responsável pela Operação Monopólio, o grupo investigado planejava fraudar obras para a Copa de 2014 e as Olímpíadas de 2016. Segundo ele, as 12 empresas envolvidas tem contratos com órgãos públicos avaliados em torno de R$ 100 milhões e superfaturavam entre 10% e 20% em cada obras.
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De acordo com as investigações, o esquema das empresas prestadoras de serviço na área da construção civil, que formavam um cartel, era o de favorecer uma delas que saísse vencedora. Pelo menos dez empresas, entre elas quatro construtoras, segundo o site G1, participavam do esquema. A suspeita da polícia é de que elas se revezavam na disputa durante as licitações. Ao fim do processo licitatório, as firmas se beneficiavam com os recursos públicos, inclusive, contando com a ajuda de servidores públicos.
A investigação partiu da própria comissão de licitação da Polícia Civil investigando seus próprios contratos e se estendeu a outros órgãos do estado como a Uerj e escolas. As empresas suspeitas, segundo o site G1, foram monitoradas através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Segundo as investigações, o esquema para burlar as licitações funcionava desde 2000.
As operações foram realizadas no Centro, nas zonas Sul e Norte e na região oceânica de Niterói. Nesta última, em Itaipuaçu, morava o representante de uma das firmas investigadas.
Cerca de 120 agentes participaram da ação, que teve como objetivo cumprir 12 mandados de busca e apreensão. Os agentes apreenderam quilos de documentos e computadores em imóveis e empresas dos envolvidos. Vinte e oito equipes do Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil (NUCC-LD) e de delegacias de apoio participaram da operação.
Essa é a primeira grande operação do núcleo criado há um ano para investigar lavagem de dinheiro e os chamados crimes de "colarinho branco".
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