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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

VANDALISMO DO MST EM FAZENDAS NO PARÁ

Polícia Civil vai investigar supostos atos de vandalismo do MST em fazendas do Pará

Proprietários da Fazenda Maria Bonita, no Pará, acusam integrantes do MSTde atos de vandalismo - Reprodução TV

RIO e SÃO PAULO - A Polícia Civil do Pará vai investigar integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) acusados de atos de vandalismo em duas fazendas no estado. Na manhã desta quinta-feira, um grupo segue para Eldorado dos Carajás onde está localizada a Fazenda Maria Bonita, invadida na madrugada desta quarta-feira .

A propriedade pertence à Agropecuária Santa Bárbara, do banqueiro Daniel Dantas. Em nota, a assessoria da Santa Bárbara informou que os sem-terra, que desde julho do ano passado ocupam outra parte da fazenda, queimaram tratores, destruiram currais e agrediram funcionários. O MST confirmou a invasão da sede da fazenda e o clima tenso, mas negou o vandalismo.

Segundo os donos da fazenda Maria Bonita, tratores também foram destruídos - Reprodução TV

Os donos da Fazenda Rio Vermelho, no Sul do Pará, também acusam os sem-terra de destruir casas e equipamentos. Segundo os proprietários, a invasão foi feita pelo MST, mas o movimento confirma apenas que fez uma manifestação na frente da fazenda. A Secretaria de Segurança Pública do estado disse que a ação foi realizada por dissidentes do MST. De acordo com a secretaria, os invasores estão sendo identificados e serão presos.

MST afirma que milícias ameaçam agricultores

Maria Raimunda, da coordenação nacional do MST, diz que as ocupações são o início de uma jornada de lutas pelo assentamento das 2.000 famílias acampadas no estado e por obras de infraestrutura nos assentamentos antigos:

- A retomada das terras griladas está parada e os latifundiários estão utilizando milícias armadas para intimidar as famílias de sem-terra.

Os sem-terra afirmam que, na semana passada, quatro pessoas foram sequestradas por milícias armadas. Nos últimos meses, mais de 18 trabalhadores rurais teriam sido baleados por esses grupos, segundo o MST.

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