Eram 22h46 da noite da sexta-feira 13, os soldados da Polícia Militar Rubens Ney B. Santana, Elisângela A. Fernandes e Valdeci Alexandre da Silva faziam ronda pela cidade de Miranda. Decidiram passar pelas imediações da BR-262, enveredaram por uma estrada pouco freqüentada que leva até a Usina Velha, mormente transformada em ponto de encontros fortuitos. E acabaram fazendo um flagrante de peso: um sargento e uma tenente do Exército Brasileiro em pleno ato sexual, completamente nus, e do lado de fora do carro.
Para apimentar a relação, aparece um cão da raça Bull terrier na história. O cachorro saltou de dentro do veículo e avançou contra os policiais, na defesa do momento especial em que vivia seu dono. Ante a ameaça canina os policiais recuaram, ordenaram ao rapaz (até então não sabiam que se tratava de uma autoridade das Forças Armadas) que contivesse o cão, mas ele teria se mostrado “indiferente”.
Foi nesse momento que o rapaz decidiu revelar sua patente e também da companheira: sargento e tenente. Os policiais confirmaram a informação mais tarde, na delegacia. Mesmo assim, o casal não podia se expor daquela maneira, explicaram os policiais. Praticar sexo em local aberto é considerado ato obsceno. O casal deveria apresentar os documentos e acompanhar os policiais até a delegacia.
A reação do sargento teria sido de raivosa indignação. Desacatou os policiais, disse que um sargento e uma tenente do Exército não iriam apresentar documentos a “policiais de merda”. Esses termos foram relatados pelos PMs e consta no boletim lavrado em seguida aos fatos. Na discussão o sargento teria tentado tomar a arma do policial Barros.
Apesar da resistência, e após contido o Bull terrier e também depois que o sargento e a tenente vestiram as roupas, foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil para confecção do BO. Já não era mais sexta-feira 13, começava o sábado quando o escrivão concluiu a história. O sargento foi enquadrado por desacato, resistência e desobediência, e ambos por atos obscenos. Assinaram um Termo se comprometendo a comparecer à delegacia para responder ao processo, e foram liberados.
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