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terça-feira, 18 de agosto de 2009

MÉDICO HOSMANY RAMOS ESTÁ PRESO !

Hosmany Ramos está preso na Islândia desde semana passada, confirma editora.


SÃO PAULO – O ex-cirurgião plástico e escritor Hosmany Ramos, de 63 anos, está preso desde a semana passada na Islândia, segundo confirmou nesta terça-feira a editora Geração Editorial, responsável pela publicação dos livros do presidiário no Brasil. Hosmany está foragido desde janeiro deste ano, quando não retornou ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Valparaíso (a 577km de São Paulo) após uma saída temporária para as festas de fim de ano.


Hosmany Ramos está preso na Islândia



















De acordo com o editor da Geração Editorial, Luiz Fernando Emediato, que falou na tarde desta terça-feira com Hosmany por telefone, o ex-cirurgião plástico estava em um país nórdico na casa de um filho que atua como empresário. Embora as relações entre eles estivessem boas, Hosmany afirmou que não estava se sentindo à vontade com a sensação de que poderia prejudicar os negócios da família.

Segundo Emediato, o escritor aproveitou que o filho viajou na semana passada para China e comprou uma passagem aérea para o Canadá, onde possui um parente. No entanto, ao viajar com o passaporte do irmão já falecido e muito parecido com ele, Hosmany foi detido no Aeroporto Keflavik, em Reikjavik, na Islândia, durante uma conexão.

O ex-cirurgião plástico relatou a Emediato que foi conduzido a um juiz, ao qual confessou o crime, tendo a pena reduzida. Ele foi condenado a 15 dias de prisão por estar viajando sem documentos. Por telefone, o escritor detalhou como estão sendo os dias na prisão da Islândia.

“[Hosmany] Está numa cela que, segundo ele, mais parece um quarto de hotel quatro estrelas, com TV, computador e Ipod para ouvir música. Faz exercícios todos os dias e tem direito a telefonar e receber telefonemas. O Estado islandês deu a ele um advogado público, que se interessou pelo caso, depois de descobrir que ele é médico e escritor famoso. Esse advogado público já chamou outro, privado, que aceitou cuidar do caso”, informou Emediato em entrevista ao Último Segundo.

“Hosmany disse também que, no primeiro dia de prisão, deram a ele mil coroas [moeda islandesa] para ele gastar com produtos de necessidade básica suplementares aos que a prisão já lhe dá, caso precise. Ele ficou espantado, assim como ficaram espantados os carcereiros islandeses, quando ele relatou para eles como são as prisões no Brasil”, completou Emediato.

De acordo com o editor da Geração Editorial, os advogados disseram a Hosmany que ele pode conseguir uma autorização para viver na Islândia, onde trabalharia como médico. Atualmente, o País possui carência desses profissionais.

“Hosmany diz que, se for possível ficar na Islândia, País com o qual se encantou, desistirá de ir para o Canadá e por lá ficará, trabalhando como médico e concluindo seu livro de memórias, que sua editora brasileira pretende publicar no início do ano que vem”, disse.

Trajetória polêmica


Hosmany foi preso pela primeira vez nos anos 80
















No final dos anos 70, Hosmany Ramos era um médico famoso, trabalhava como assistente do cirurgião plástico Ivo Pitanguy e frequentava as colunas sociais da época. Em novembro de 1981, ele foi preso e condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato de dois cúmplices – o piloto Joel Avon e o estelionatário Firmiano Angel –, por roubo de aviões e contrabando de carros importados.

Em maio de 1996, às vésperas de receber a liberdade condicional, Hosmany teve autorização para visitar a família no Dia das Mães e não retornou. O escritor foi preso meses depois, envolvido em um sequestro e condenado a mais 32 anos. Somadas, suas penas atingem 53 anos.

Em janeiro deste ano, Hosmany não retornou ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Valparaíso (a 577km de São Paulo) após uma saída temporária para as festas de fim de ano. Segundo advogados, a fuga seria um protesto contra as más condições da prisão e envolveria o medo de ser morto após as denúncias.

O ex-cirurgião plástico tem mais de cinco livros publicados, todos escritos enquanto esteve preso, sendo “O goleador” a última obra lançada.

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