E o seu filho, está vacinado?
Clínicas oferecem seis vacinas que ainda não estão nos postos
Você sabia que o calendário nacional de imunização do governo, apesar de bem completo, não oferece todas as vacinas recomendadas pelas sociedades de Pediatria e Imunização? Muitos pais ficam tranquilos ao levarem os filhos para receberem todas as “vacinas do posto”. Mas a história não é bem assim. Nas clínicas privadas, seis vacinas que ainda não chegaram aos postos estão à disposição de quem pode pagar. A boa notícia é que, a partir do ano que vem, serão apenas cinco.
— A inclusão da vacina contra o pneumococo (bactéria que causa meningite, pneumonia, otite e infecção generalizada) no calendário nacional de imunização, anunciada esta semana, merece uma queima de fogos! Significa menos crianças doentes, sequeladas, menos dor, sofrimento e mortes. Ao lado da água de qualidade e do saneamento básico, a vacinação é o procedimento que mais reduz doenças e mortes — diz o infectologista da UFRJ Edimilson Migowski.
As crianças vacinadas nos postos estão protegidas contra uma série de doenças, como tétano, difteria, coqueluche, hepatite B, meningite pela bactéria hemófilos, sarampo, paralisia infantil, entre outras. Mas ainda estão expostas à meningite meningocócica, gripe, catapora, hepatite A e ao vírus HPV, causador de câncer de colo uterino.Para oferecer todas as vacinas à criança, é preciso desembolsar cerca de R$ 3.300. Com a chegada da antipneumocócica aos postos, esse valor cai para R$ 2.200. É realmente para se soltar fogos.
Para cada idade, há uma prioridade
Das vacinas que estão apenas em clínicas privadas, qual é a mais importante? Segundo o infectologista Edimilson Migowski isso depende muito da idade da criança:
— Todas são importantes. Mas, para uma adolescente prestes a iniciar sua vida sexual, a contra o HPV (de R$ 320 a R$ 400, a dose) seria prioridade. Já um bebê bem novinho, as vacinas contra o pneumococo (cerca de R$ 270, a dose) e contra o meningococo (R$ 140, a dose) são muito importantes.
O médico também destaca as doses contra a catapora (R$ 150) e a hepatite A (R$ 85), para as crianças em torno de 1 ano de idade. A vacina contra a gripe (R$ 50, a dose anual) também é recomendada a partir dos 6 meses.
Menos reação, mas a mesma eficácia
Algumas vacinas oferecidas nos postos têm versões diferentes nas clínicas privadas. São as chamadas acelular ou inativadas.
— Essas vacinas provocam menos reações adversas. A dose do posto contra a coqueluche é do tipo celular (tem a bactéria inteira inativada) que é menos purificada e provoca mais eventos, como febre. São eventos passageiros que incomodam, mas não deixam sequelas. A eficácia é semelhante — explica o médico Edimilson Migowski.
O calendário de vacinação recomendado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (http://www.sbim.org.br/sbim_calendarios2008_crianca.pdf).
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