Sinopse de imprensa: Sarney vendeu terra comprada em 2001 de homem morto em 1996
SÃO PAULO – O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) vendeu em 2002 terras compradas no ano anterior de um comerciante morto em 1996. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”.
Segundo reportagem publicada neste sábado, o terreno de 33,88 hectares (o equivalente a 33 campos de futebol) estava registrado no nome de Wanderley Ferreira de Azevedo, ajudante de ordem de Sarney. As terras ficam na divisa de Goiás com o Distrito Federal.
O jornal diz ter consultado registros em cartório de Luziânia (GO) e São Paulo. Segundo a Folha, nestes documentos consta que, em junho de 2001, Wanderley comprou as terras de Antônio Joaquim de Araújo Mello, comerciante enterrado em Luziânia em dezembro de 1996.
O negócio pode configurar a prática de crimes como falsidade ideológica e estelionato. Se uma investigação confirmar que o objetivo dos envolvidos era fugir dos impostos ou ocultar a origem de recursos, eles podem responder, também, por sonegação e lavagem de dinheiro.
Ainda segundo a Folha, Wanderley foi dono da área, no papel, até junho de 2007, quando a repassou para a empresa Divitex. O terreno, porém, já fora negociado por Sarney cinco anos antes, segundo o jornal apurou com a própria companhia. Caso o senador tenha vendido as terras sem nunca tê-las passado para o seu nome, isso o livrou do pagamento do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis.
Procurado pela reportagem, Sarney não falou sobre o caso e disse ser “assunto da privacidade dele”. Já Wanderley afirmou que de fato era dono das terras e levantou a hipótese de a Divitex ter cometido um erro ao dizer que o senador tinha negociado o terreno como se fosse dele.
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