Em novo boletim do Ministério da Saúde, Brasil aparece à frente dos EUA em número de mortes por gripe suína
SÃO PAULO - Em boletim do Ministério da Saúde sobre a gripe suína, divulgado nesta quarta-feira, o Brasil aparece à frente dos Estados Unidos em número de vítimas fatais da doença. Segundo o boletim do Ministério, o Brasil já registrou 557 mortes contra 522 confirmadas nos EUA, que vinham liderando a estatística. O boletim informa que os dados de vítimas fatais no Brasil referem-se até o dia 22 de agosto, enquanto nos EUA a estatística vai até dia 15. Segundo o Ministério, os países adotam períodos diferentes para atualização do número de óbitos. Nos últimos boletins do Ministério, também com períodos diferentes de contabilização de vítimas fatais entre os países, os EUA sempre apareceram à frente do Brasil.
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Segundo o boletim, a Argentina aparece atrás de Brasil e EUA com 439 óbitos, seguida pelo México, onde a pandemia da nova gripe teria começado, com 179 óbitos. O ranking divulgado pelo Ministério da Saúde mostra 15 países com maior incidência da doença.
O Ministério da Saúde mais uma vez informa que existe uma tendência de diminuição no número de casos graves da doença no país. Na semana entre 16 e 22 de agosto, foram registrados 273 casos graves, contra 826 casos verificados na semana entre 9 e 15 de agosto. Embora a redução tenha sido verificada em duas semanas consecutivas, o Ministério pondera que essa tendência pode não ser definitiva, já que existem casos ainda sendo analisados nos laboratórios ou que ainda não foram informados pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.
Os dados do Ministério mostram que São Paulo lidera o número de óbitos, com 223 vítimas fatais, o equivalente a 40% de todas as mortes no país. Em seguida, está o Paraná, com 151 mortes. O Rio Grande do Sul vem em terceiro lugar com 98 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro que até agora contabilizou 55 mortes. Santa Catarina tem 11 mortes, Minas Gerais (8), Distrito Federal (2), Paraíba (2), Bahia (2), Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia, Pará e Rio Grande do Norte (1) cada um.
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Os números do Ministério mostram que, apesar do elevado número de mortes, a taxa de mortalidade brasileira ainda é a sétima entre os 15 países com maior número de casos. Para calcular essa taxa, divide-se o número de mortes pelo total da população. Por essa conta, o Brasil tem uma taxa de mortalidade de 0,29. Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade é 0,16. A Colômbia tem a menor taxa de mortalidade desse grupo de países, com 0,06, seguida pelo Reino Unido com 0,09.
Até agora, segundo o Ministério, 1.980 mulheres com idade entre 15 e a 49 anos foram diagnosticadas com a doença. Dessas 480 eram gestantes e 58 morreram.
Nesta quarta-feira, o governo enviou ao Congresso medida provisória para liberação de mais R$ 2,1 bilhões para serem usados no tratamento da pandemia. O dinheiro será usado para comprar mais 73 milhões de doses da vacina contra a nova gripe, além de 11,2 milhões de tratamentos, aumento do número de leitos em UT IS, material para diagnóstico.
Um documento da Organização Mundial de Saúde (UNS) divulgado nesta quarta-feira reitera que o Tamiflu, medicamento usado no tratamento da doença, não deve ser usado em pacientes saudáveis, sem doença complicadoras. O medicamento só deve ser usado em pacientes com sintomas graves, diz a OMS. É a mesma recomendação feita pelo Ministério da Saúde.
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