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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

OVERDOSE MATOU MICHAEL JACKSON

Laudo

Michael Jackson morreu por dose letal de propofol, diz legista


Foto de arquivo de Michael Jackson. Foto Reuters

HOUSTON - A morte de Michael Jackson foi causada por doses letais do poderoso anestésico propofol, de acordo com laudo do médico-chefe da equipe de legistas de Los Angeles, revelado por documentos apresentados a um tribunal de Houston nesta segunda-feira.

Jackson sofreu uma parada cardíaca e morreu em 25 de junho, aos 50 anos. Desde então, as investigações da polícia apuravam a suspeita de uso de drogas prescritas e a atuação dos médicos que trataram do astro, incluindo seu médico particular, Conrad Murray.

"O chefe-médico legista de Los Angeles, Dr. Sathyavagiswaran, indicou que reviu os resultados toxicológicos preliminares e sua avaliação preliminar sobre a morte de Jackson indica que resultou de doses letais de propofol (diprivan)", afirma o termo de um mandado de busca contra Murray expedido pela Califórnia.

O documento foi divulgado pelo condado de Harris, em Houston, onde Murray tem consultórios que foram alvo de uma operação de busca de provas em 22 de julho.

Médico de Michael Jackson, Conrad Murray divulgou vídeo na internet reafirmando sua inocência. Foto Reprodução

Segundo o jornal "Los Angeles Times", o relatório da investigação da Polícia de Los Angeles informa que o médico Conrad Murray - que se declarou inocente num vídeo divulgado por ele - admitiu nos interrogatórios que estava tratando Michael Jackson de insônia durante seis semanas antes de sua morte e tinha prescrito diferentes remédios para o Rei do Pop.

O cardiologista injetou em Jackson 50 miligramas de propofol, mas disse que foi reduzindo a dose por temer que Michael pudesse estar criando dependência ao remédio. O médico então reduziu à metade a quantidade do anestésico poderoso e combinou seu efeito com o de dois sedativos, lorazepam e midazolam. Em seu depoimento, o médico afirmou que dois dias antes da morte do cantor retirou o propofol da mistura. O propofol é um anestésico forte, normalmente usado em hospitais para sedar pacientes antes de um procedimento cirúrgico.

No dia 25 de junho, data da morte de Michael Jackson, o médico Conrad Murray explicou que à 1h30m (hora local) injetou valium em Jackson para ajudá-lo a dormir, mas que, como ele continuava reclamando de insônia, aplicou meia hora mais tarde lorazepam.

Mas Michael Jackson continuava acordado. Por isso, uma hora e meia depois, Conrad aplicou midazolam e outras substâncias não especificadas até o médico injetar 25 miligramas de propofol, às 10h30m (hora de Los Angeles). Murray revelou que Jackson tinha pedido várias vezes que fosse ministrado esse poderoso anestésico nele. Só então o cantor dormiu.

Conrad saiu em seguida para fazer ligações telefônicas. Ao voltar ao quarto, ele viu que o cantor não respirava e começou a praticar a reanimação cardiopulmonar até a chegada dos paramédicos do serviço de emergência 911. Michael morreu às 14h (hora local), no hospital da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA).

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Médico Conrad Murray reafirma inocência

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