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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ITAÚ - UNIBANCO E PORTO SEGURO - JUNTOS

Operação conjunta entre Itaú Unibanco e Porto Seguro terá patrimônio de R$ 3 bilhões

O acordo para uma operação conjunta na área de seguros, anunciada nesta segunda-feira (24) pelo banco Itaú Unibanco e pela Porto Seguro, terá um patrimônio de cerca de R$ 3 bilhões, de acordo com dados divulgados hoje pelas companhias.

Segundo as empresas, ao final de junho, o patrimônio dos negócios do Itaú Unibanco em seguros de carros e residências era de R$ 950 milhões, enquanto o da Porto Seguro estava em R$ 2,1 bilhões . Assim, o patrimônio líquido do grupo segurador combinado será de cerca de 3,05 bilhões.

Já os prêmios com o novo conglomerado serão de R$ 2,32 bilhões em veículos e de R$ 198 milhões em residências. O número de automóveis segurados era de 3,4 milhões e de residências, 1,235 milhão.

AE
Da esquerda para a direita: Pedro Moreira Salles, presidente do conselho do Itaú
Unibanco, Jayme Garfinkel, presidente do conselho da Porto Seguro, e o presidente
do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, durante entrevista nesta segunda sobre a operação conjunta na área de seguros.

Sobre o tamanho da operação, o presidente do banco, Roberto Setubal disse o cerca de R$ 1,72 bilhão negociado reflete justamente o potencial de valorização da carteira de seguros do Itaú Unibanco.

Com a transferência da carteira para a Porto Seguro, os demonstrativos financeiros do Itaú Unibanco passarão a reconhecer na linha de equivalência patrimonial os resultados do segmento de seguros. Ali serão contabilizados os proventos referentes aos 30% de participação na Porto Seguro.

Além disso, o banco terá novas receitas, oriundas de uma comissão que receberá sobre as vendas de seguros feitas por meio de sua rede. Roberto Setubal preferiu não revelar os valores das comissões, limitando-se a informar que serão "preços de mercado".

A parceria anunciada não prevê a associação entre outros segmentos, como de Vida e Previdência. Setubal, no entanto, afirmou que o banco irá priorizar a Porto Seguro quando analisar novas associações nesses mercados.

Fracasso do Bradesco

O negócio com o Itaú foi anunciado dois dias depois do anúncio do fim das negociações da seguradora com o Bradesco. A intenção do banco em ficar com o controle acionário da Porto Seguro pode ter motivado o fracasso das negociações para uma associação entre os dois conglomerados. Foi o que deu a entender, hoje, o presidente da Porto Seguro, Jayme Brasil Garfinkel.

"Nós tínhamos uma construção de uma governança onde queríamos uma forma de controle sobre as operações de ramos elementares e o Bradesco entendia de outra forma", disse Garfinkel, após ser questionado sobre o que teria dado errado nas negociações com o banco.

Diante do insucesso com o Bradesco - Garfinkel admitiu que foi ele que procurou o banco -, a Porto Seguro passou a negociar com o Itaú Unibanco. Após uma reunião ocorrida no último dia 14, com Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, Garfinkel disse ter ficado "encantado" com a visão dos dois banqueiros sobre a parceria que acabou sendo fechado em menos de duas semanas.

"O Itaú Unibanco reconheceu a forma como queríamos conduzir o negócio. Foi muito simples e razoável", disse o presidente da Porto Seguro. "Houve uma identidade de valores, de como se faz uma parceria", afirmou Setubal.

Os executivos informaram que as marcas dos seguros permanecerão as mesmas - Itaú Unibanco, Porto Seguro e Azul -, mas não descartaram uma integração maior dos produtos no futuro.

(Com informações da Reuters, Agência Estado e do Valor Online)

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