As vendas de discos, a produção de um filme e outros projetos envolvendo Michael Jackson podem fazer com que até o final do ano seu espólio atinja um valor de 200 milhões de dólares, informou o jornal Los Angeles Times.
Em entrevista ao jornal, John Branca, um dos executores do espólio, disse que o patrimônio deixado pelo cantor pode gerar pelo menos 50 milhões de dólares por ano.
As vendas de discos do "Rei do Pop" dispararam desde a morte dele, em junho, e o cantor deixou dezenas de canções inéditas, que podem ser reunidas em um novo álbum.
Branca disse que as vendas de discos e de outros produtos podem gerar 100 milhões de dólares para o espólio até o final de 2009. Um filme baseado nas imagens dos últimos ensaios do cantor, a ser lançado em outubro, e outros acordos empresariais devem representar mais 100 milhões de dólares no mesmo período.
Jackson deixou cerca de 400 milhões de dólares em dívidas ao morrer do coração, em 25 de junho, segundo o jornal. Mas seu patrimônio, inclusive a sociedade no catálogo da Sony/ATV Music e em muitas canções dos Beatles, superam as dívidas em pelo menos 200 milhões de dólares.
Branca disse que não há planos de se desfazer do catálogo. "Definitivamente não estamos vendendo-o," afirmou ele ao LA Times.
Na segunda-feira, um juiz de Los Angeles deve se manifestar sobre uma proposta de acordo comercial com o Bravado International Group e sobre uma exposição itinerante com objetos do astro.
Uma reedição da autobiografia "Moonwalk", de 1988, e a edição de um luxuoso livro de fotos de 400 páginas sobre a vida e obra dele também foram autorizadas.
O testamento de Jackson, de 2002, destina o dinheiro à sua mãe, aos três filhos e a entidades beneficentes.
Quase dois meses depois da morte, a polícia continua investigando possíveis indícios criminais.
Casas e consultórios do médico pessoal de Jackson, Conrad Murray, foram revistadas duas vezes, em meio a suspeitas de que ele teria fornecido um poderoso anestésico para ajudar Jackson a dormir.
Citando fontes próximas à investigação, o LA Times disse na quinta-feira que Murray adquiriu legalmente o anestésico usado para combater a insônia do cantor. Mas o jornal disse que, na manhã em que Jackson morreu, Murray havia deixado-o sozinho sob a influência da droga para fazer telefonemas.
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