Famosa por ajudar a eliminar peso em pouco tempo e reeducar hábitos alimentares, a Dieta do pH vem ganhando cada vez mais adeptas.

Por Marcus Oliveira

Na luta contra a balança, centenas de mulheres se submetem às mais diferentes práticas em busca do corpo perfeito. Para isso, opções não faltam. É dieta da lua, do sol, simpatia, promessa. Mas, será que tudo isso é mesmo válido para desfilar de biquíni na praia ou vestir aquela calça justinha? Inúmeras receitas de emagrecimento surgem a cada dia, porém nem todas são eficientes.

Equilibrando alimentos ácidos e alcalinos, a proposta da Dieta do pH é oferecer um corpo mais saudável e alguns quilos a menos em um curto espaço de tempo, acelerando o metabolismo e eliminando toxinas. Confira como ela funciona e quais alimentos podem contribuir para sua saúde e, porque não, para aquela cinturinha de dar inveja.

Como funciona

Independente da dieta escolhida, os alimentos ingeridos devem fornecer ao corpo as substâncias ideais para o equilíbrio da química do organismo. Isso é, da mesma forma como existe uma temperatura corporal normal, o pH também deve ser adequado (entre 7,3 e 7,4). O corpo humano trabalha com um nível de pH específico e é capaz de fazer diversos sacrifícios para mantê-lo fixo, como, por exemplo, ignorar outros tecidos ou sistemas temporariamente.

Diferentes tecidos têm variados níveis de pH e um dos mais importantes é o do sangue, que é alcalino. E o objetivo de qualquer dieta saudável é dar ao corpo alimentos que contenham o pH correto, para que o nível de alimentos ácidos e alcalinos viva em perfeito equilíbrio. Quando isso acontece, o corpo se desintoxica naturalmente.

"Um pH mais alcalino favorece a eliminação de toxinas do organismo e estas, hoje, são uma das principais causas de excesso de peso, retenção hídrica e dificuldade na perda de peso. O ideal para o bom funcionamento orgânico é que não se trate propriamente de uma dieta a ser seguida por um tempo, mas que seja um estilo de alimentação a ser adotada para a vida", aconselha a nutricionista Patrícia Davidson.

No organismo

A dieta do pH é baseada em uma alimentação que deve conter proporção muito maior de alimentos alcalinos, comparada à quantidade de alimentos ácidos. Esta proporção pode variar de pessoa para pessoa, mas deve ter pelo menos 60% de alimentos alcalinos e 40% de ácidos.

Uma grande quantidade de acidez no sangue pode corroer os tecidos do corpo resultando na falta de equilíbrio do organismo. Além disso, pode interferir no metabolismo, desregular o apetite, aumentar a resistência à perda de peso e à retenção de líquidos, favorecer o depósito de gordura (especialmente na barriga) e o aumento da pressão arterial.

Portanto, o organismo deve dispor de mecanismos que neutralizem essa acidez naturalmente produzida, o que a faz ser capaz de liberar resíduos celulares. E essa troca só acontece quando o corpo está levemente alcalino. Caso contrário, a célula não realiza essa tarefa e acumula toxinas. O segredo, então, é ingerir alimentos que mantenham esse equilíbrio perfeito. "Para que a célula trabalhe bem, é necessário que ela receba nutrientes e oxigênio da corrente sanguínea. E uma das maiores causas do excesso de peso é justamente o acúmulo de toxinas nas células", afirma a nutricionista Patrícia.

Não exagere

Alguns alimentos proporcionam um efeito ácido no organismo, enquanto outros (alcalinos) podem neutralizar essa manifestação. Itens como café, sal, açúcar, carnes, queijos (mesmo branco), leite, iogurte, farinha, milho, trigo, têm um nível elevado de acidificação orgânica. Porém, o potencial que um alimento tem de gerar ácidos no organismo não está relacionado ao seu sabor, mas, sim, a componentes que formam o alimento. Já no quesito alcalinidade estão lentilha, brócolis, melão, abacaxi, lima, nectarina, couve, alho, chá verde, brotos, etc.

Além da preocupação com os alimentos, outros cuidados fundamentais para a manutenção da dieta devem ser adotados, como evitar bebidas alcoólicas e o fumo, beber bastante água, controlar o estresse e seguir um cardápio.

Confira os tipos de alimentos

ÁCIDOS	ALCALINOS
Café comum e descafeinado Açúcar Refrigerantes e bebidas com gás Bebidas alcoólicas (uísque, vodca, cerveja, licor, etc) Leite de soja Queijos Pizza Óleo de soja Catchup Mostarda Carne bovina Carne de porco Pão branco e integral Farinha de trigo Amendoim Milho Aspartame Vinho branco e tinto Lasanha Macarrão Avelã Camarão Grãos de soja Mexilhões e ostras Sal de cozinha	Sal marinho Alho Orégano Alecrim Limão Lima Castanha de caju Lentilha Azeitonas verdes Aipo Abóbora Rabanete Couve Melão (especialmente o laranja) Brócolis Repolho Maçã Mamão Kiwi Chá verde e outros chás de ervas Damasco Uva passa Amêndoas Ameixa umeboshi Algas marinhas (kombu, wakame, hijiki, etc)