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quarta-feira, 8 de julho de 2009

PF desmonta quadrilha que agia em prefeituras

PF desmonta quadrilha que agia em prefeituras





HELIO DE FREITAS

Uma organização criminosa com ramificações em vários setores do serviço público de municípios sul-mato-grossenses foi desmantelada nesta terça-feira pela Polícia Federal. Pelo menos 41 pessoas foram detidas e 85 mandados de busca cumpridos durante a “Operação Owari” – que em japonês pode significar “ponto final”, “fim”, “acabou”, “concluído”. Os nomes dos acusados não foram divulgados oficialmente pela PF.

A maioria das prisões ocorreu em Dourados, onde estão detidos políticos, empresários e funcionários da organização. Também foram feitas prisões de políticos e empresários em Ponta Porã e Naviraí. Outras prisões foram cumpridas em Campo Grande, São Paulo, Guaíra e Umuarama (essas duas cidades no Paraná).

São 37 pessoas com mandado de prisão temporária – válido por cinco dias e que pode ser renovado por mais cinco dias. Para os outros quatro envolvidos foi decretada a prisão preventiva, pela qual o acusado fica recolhido sem prazo determinado e pode ser mantido preso até o julgamento.

A operação, envolvendo pelo menos 270 agentes da Polícia Federal, foi desencadeada simultaneamente às 5h da madrugada desta terça.

Os acusados foram detidos em casa. A maioria ainda dormia quando os agentes chegaram com os mandados de prisão e busca, assinados pela juíza Dileta Terezinha Sousa Thomaz, da 1ª Vara Criminal de Dourados. Apesar de a investigação ter sido conduzida pela PF, os crimes são de competência da Justiça Estadual, o que explica o fato de as prisões terem sido determinadas pela juíza estadual.

O delegado Bráulio César Galloni, chefe da delegacia da PF em Dourados e coordenador da operação, explicou à tarde, em entrevista coletiva, que a organização criminosa estava presente em Dourados há pelo menos quatro décadas, mas começou a ser investigada em 2007, após uma denúncia anônima.

Levantamento feito pela PF durante as investigações releva que o grupo pode ter causado prejuízo superior a R$ 20 milhões aos cofres dos municípios onde mantinha o esquema.

Embora o delegado não tenha divulgado os detalhes da investigação, há informações extra-oficiais de que a maior parte do esquema foi descoberta através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.

Galloni informou que a quadrilha atuava principalmente na cooptação de servidores públicos para montar o esquema de corrupção. “O forte da organização era a cooptação de servidores para conseguir fraudar as licitações e obter o monopólio de serviços públicos em várias áreas à custa dos cofres dos municípios”, explicou.

Conforme o delegado, a organização agia em diversos ramos de negócios do serviço público, principalmente nas áreas de saúde, transporte e serviços funerários.

Bráulio Galloni não divulgou os nomes dos presos e afirmou que a investigação não teve como objetivo as pessoas envolvidas e sim o esquema montado pela organização. “Nós não divulgamos nomes. A PF não trabalha em cima de nomes, investigamos fatos”.

Segundo o delegado, todos os 41 detidos têm algum tipo de envolvimento no esquema criminoso. “As investigações perduraram por dois anos e durante esse período, todas as pessoas que de alguma forma tiveram participação nos ilícitos – e alguns vinham sendo praticados – foram alcançadas pela investigação. Cada um tem a sua participação detalhada nos autos”, disse Galloni.

A OPERAÇÃO
Segundo nota oficial da PF, a “Operação Owari” foi desencadeada para repressão a crimes de formação de quadrilha, exercício ilegal de atividade financeira, agiotagem, crimes contra a ordem econômica e o sistema financeiro, fraude à licitação e corrupção.

A investigação apurou que a organização criminosa era composta de agentes políticos, servidores públicos, empresários e profissionais liberais, que se associaram para obtenção de benefícios nas prefeituras através de serviços públicos, especialmente a exploração da atividade funerária.

Veículos, documentos, computadores, cheques e quantias em dinheiro foram apreendidos pela Polícia Federal em residências, carros, escritórios e órgãos públicos.

Até o início da noite os acusados ainda prestavam depoimento na delegacia da PF em Dourados, para onde foram trazidas inclusive as pessoas presas em outras cidades e Estados.

Após os depoimentos, segundo o delegado, os presos seriam transferidos para presídios de Dourados e Ponta Porã. Todos os presos foram indiciados. Em Dourados, a transferência para o presídio foi feita em um ônibus, à noite.

DETIDOS
Entre as 41 pessoas presas na Operação Owari estão o presidente da Câmara de Dourados, Sidlei Alves (DEM), os vereadores Junior Teixeira (PDT) e Paulo Henrique Bambu (DEM), o vice-prefeito e secretário municipal de Serviços Urbanos, Carlinhos Cantor, os secretários municipais de Governo Darci Caldo, de Obras Carlos Ióris, de Saúde Sandro Barbara e dois assessores especiais do prefeito Ari Artuzi (PDT), Jorge Dauzacker e Márcia Fagundes Geromini.

A assessoria de Artuzi divulgou nota à tarde informando que o prefeito só irá se pronunciar sobre as investigações da PF após ser informado oficialmente sobre a detenção de seus auxiliares.

Também estão entre as pessoas presas em Dourados estão os empresários Sizuo Uemura, Sizuo Uemura Filho, o “Dinho”, Eduardo Uemura, Maísa Uemura, Helena Uemura e os irmãos Eduarti e Everaldo Leite Dias.

O dentista André Tetila, filho do ex-prefeito Laerte Tetila, e o secretário de Fazenda na gestão Tetila, Luiz Seiji Tada, também foram detidos e levados para a PF.

Em Ponta Porã foram presos o vice-prefeito Eduardo Campos (DEM), a mulher dele e funcionária da prefeitura Paula Campos e o empresário do ramo de transportes Gilmar Carbori. Em Naviraí foi preso o presidente da Câmara, José Odair Gallo (PDT).

O ex-secretário estadual de Saúde no governo Zeca do PT, João Paulo Esteves, que também atuou como secretário de Saúde de Dourados na gestão Laerte Tetila, foi preso de manhã em Campo Grande e transferido para a delegacia da PF em Dourados. Entretanto, no início da noite ele conseguiu um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e deveria deixar a prisão ainda na noite desta terça-feira. O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, da 2ª Turma Criminal.

NOTA: TODOS DEVERIAM PERMANECER PRESOS POR 30 DIAS SEM DIREITO A SURSIS ! PRA SERVIREM DE EXEMPLO PRPOS DEMAIS SAFADOS QUE TEMOS EM POLÍTICA AQUI NESSE PAÍS CHAMADO BRAZIL (com Z mesmo ! ) Z DE ZONA ! DE BANDALHA ELEITOREIRA. DE SONEGAÇÃO DE IMPOSTO, DE ROUBALHEIRA GERAL. PRISÃO NELES ! E como fala Datena : ME AJUDA AÍ ÔÔÔ
E estão dando habeas corpus já ? JUSTIÇA BRAZIIIIIILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL !!!
CADÊ A JUSTIÇA ? DEIXA ESSES FDP PRESOS SIM !

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